A moça entrou na sala vestindo um tailleur perfeito, saia e casaco, usando-os é claro. Sapato de salto alto e bico fino, daqueles de matar barata em cantinho, mas duvido que a moça chegasse a mais de 10 metros de uma delas. Quando caminhava, o roçar das meias fazia um barulhinho charmoso (não sei descrever o som, mas parecia zwig-zwig). Além de ser muito bonita, estava impecável. Trabalhava na Varig, do tempo que a Varig voava, tinha vindo do trabalho para conversar com alguém do escritório sobre um projeto. O sorteado tinha sido eu.
— Vanessa! Quer alguma coisa? Café, água, meu endereço (claro que não disse isso).
— Um café.
No escritório, nosso café não tem nada de cafezinho. São umas canecas que cabe um monte dentro. É batido, bem feito e gostoso, mas é bastante — expliquei para ela.
— Tudo bem — disse Vanessa. — Já estou mesmo excitada com a minha ideia e um pouco mais de café não fará diferença.
Como se trata de um anedotário e não de um conto erótico, não vou dizer nada.
— Por favor, do que se trata?
— Uma situação bastante comum e chata para a mulher é ter de ir a banheiros públicos. Nem sempre é limpo, às vezes o sanitário não tem tampa, outras vezes tem, mas não dá coragem de usar etc.
— De fato, são situações do dia a dia — disse e fiquei esperando o desenrolar do assunto.
— Por questões anatômicas nós temos de sentar para usar o sanitário — continuou explicando a moça.
— Abençoada diferença anatômica, se não ia ser uma viadag...só — apenas pensei isso.
— Um protetor descartável para assento sanitário? — indaguei.
— Não! Estes já existem aos montes. É algo mais inovador — disse Vanessa.
— Então?
— É um dispositivo auxiliar para micção.
— Não imagino o que possa ser! — disse para a moça.
Vanessa abriu a bolsa e facilmente achou o dispositivo. Facilmente, porque um dos grandes mistérios da humanidade é bolsa de mulher. Dá medo de ter de procurar qualquer coisa lá dentro, pois nunca se sabe o que se vai encontrar. As raras vezes que tive de fazer isso dá vontade de virar sobre a mesa todo o conteúdo e pegar o que se quer. Voltando ao caso, o que a moça pegou era um cone de papel, parecia um coador de café com a borda mais levantada para um dos lados.
— Não entendi! — confessei para a cliente.
— Esse cone permite que se faça xixi em pé — explicou Vanessa.
Normalmente, para bem entender um protótipo e eliminar possíveis dúvidas, a gente pede para o inventor demonstrá-lo, mas num caso como esse, achei prudente não propor a demonstração. Peguei o dispositivo auxiliar e comecei a analisá-lo.
— O papel é bem macio e impermeável, mas funciona mesmo? — indaguei e fiquei pensando. O casal se conhece na balada e resolve ir para um motel. Enquanto o cara fica olhando um filme na tv a mulher vai ao banheiro. O sujeito ouve um barulho no sanitário que lhe soa familiar. Vai até o banheiro é vê a mulher de costas para ele, em pé fazendo xixi, e quando termina ainda dá aquela balançadinha no corpo. Bem devagar, o sujeito pega suas coisa e se manda do motel e nunca atende ao telefone.
— Será que vai pegar? — perguntei.
— Eu mesmo testei — comentou a moça. Logo depois sorriu e disse, não esse é claro.
— Vanessa! Quer alguma coisa? Café, água, meu endereço (claro que não disse isso).
— Um café.
No escritório, nosso café não tem nada de cafezinho. São umas canecas que cabe um monte dentro. É batido, bem feito e gostoso, mas é bastante — expliquei para ela.
— Tudo bem — disse Vanessa. — Já estou mesmo excitada com a minha ideia e um pouco mais de café não fará diferença.
Como se trata de um anedotário e não de um conto erótico, não vou dizer nada.
— Por favor, do que se trata?
— Uma situação bastante comum e chata para a mulher é ter de ir a banheiros públicos. Nem sempre é limpo, às vezes o sanitário não tem tampa, outras vezes tem, mas não dá coragem de usar etc.
— De fato, são situações do dia a dia — disse e fiquei esperando o desenrolar do assunto.
— Por questões anatômicas nós temos de sentar para usar o sanitário — continuou explicando a moça.
— Abençoada diferença anatômica, se não ia ser uma viadag...só — apenas pensei isso.
— Um protetor descartável para assento sanitário? — indaguei.
— Não! Estes já existem aos montes. É algo mais inovador — disse Vanessa.
— Então?
— É um dispositivo auxiliar para micção.
— Não imagino o que possa ser! — disse para a moça.
Vanessa abriu a bolsa e facilmente achou o dispositivo. Facilmente, porque um dos grandes mistérios da humanidade é bolsa de mulher. Dá medo de ter de procurar qualquer coisa lá dentro, pois nunca se sabe o que se vai encontrar. As raras vezes que tive de fazer isso dá vontade de virar sobre a mesa todo o conteúdo e pegar o que se quer. Voltando ao caso, o que a moça pegou era um cone de papel, parecia um coador de café com a borda mais levantada para um dos lados.
— Não entendi! — confessei para a cliente.
— Esse cone permite que se faça xixi em pé — explicou Vanessa.
Normalmente, para bem entender um protótipo e eliminar possíveis dúvidas, a gente pede para o inventor demonstrá-lo, mas num caso como esse, achei prudente não propor a demonstração. Peguei o dispositivo auxiliar e comecei a analisá-lo.
— O papel é bem macio e impermeável, mas funciona mesmo? — indaguei e fiquei pensando. O casal se conhece na balada e resolve ir para um motel. Enquanto o cara fica olhando um filme na tv a mulher vai ao banheiro. O sujeito ouve um barulho no sanitário que lhe soa familiar. Vai até o banheiro é vê a mulher de costas para ele, em pé fazendo xixi, e quando termina ainda dá aquela balançadinha no corpo. Bem devagar, o sujeito pega suas coisa e se manda do motel e nunca atende ao telefone.
— Será que vai pegar? — perguntei.
— Eu mesmo testei — comentou a moça. Logo depois sorriu e disse, não esse é claro.
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Hahahahahaha!!!!!!!
PS.: Sem figuras ou imagens.
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